Treetop Walk, no Parque de Serralves, considerado um dos melhores projetos paisagísticos do mundo de 2020

Treetop Walk, no Parque de Serralves, é um dos destaques da Architectural Record, a mais antiga revista de arquitetura e design dos Estados Unidos.

Treetop Walk no Parque de Serralves
Treetop Walk, no Parque de Serralves, considerado um dos melhores projetos paisagísticos do mundo de 2020 - ®DR

De acordo com a Architectural Record, a mais antiga revista de arquitetura e design dos Estados Unidos, o projeto assinado pelo arquiteto Carlos Castanheira, Treetop Walk, no Parque de Serralves, é um dos projetos paisagísticos mais relevantes do mundo.

Após terem publicado um vasto artigo sobre o Treetop Walk do Parque de Serralves em outubro passado, os editores da Architectural Record selecionaram agora este projeto assinado pelo arquiteto Carlos Castanheira, como um dos mais relevantes projetos paisagísticos do mundo, no ano de 2020

Fundada em 1891, a Architectural Record, a mais antiga revista de arquitetura e design dos Estados Unidos, apresenta mensalmente artigos sobre obras e intervenções arquitetónicas que marcam a arquitetura e a paisagem global.

Esta revista centenária é hoje considerada a maior referência no registo da história e memória da arquitetura nos últimos 125 anos. Todos os anos os seus editores selecionam projetos dos cinco continentes que se destacam nas suas áreas. Em 2020, o Treetop Walk, no Parque de Serralves, a par de outros sete projetos, é um dos destaques da Architectural Record.

Num texto ilustrado por imagens do fotógrafo Fernando Guerra que destacam o diálogo impressionante entre o Treetop Walk e a paisagem densamente arborizada do Parque de Serralves, Carlos Castanheira explica que foi buscar a sua inspiração a essa mesma densidade arbórea. “A ideia já estava no local. Só precisava de a encontrar”.

Da mesma forma, o arquiteto descreve a sua satisfação por esta estrutura elevada, tirando partido da topografia irregular, permitir a experiência de ver o chão do alto como que transmitindo uma sensação de profundidade em vez de altura. “É quase como se fosse a terra que escapa aos nossos pés”, descreve Carlos Castanheira.

O arquiteto realça ainda o facto de não terem sido derrubadas árvores no local, e que foi quase “uma operação cirúrgica”, acrescentando “Para mim, parece que (…) sempre esteve ali presente”,. “E era essa a intenção”, concluiu Carlos Castanheira.

A Architectural Record destacou a intenção de Serralves em explorar o Treetop Walk fundamentalmente como uma ferramenta didática, na esperança de que os visitantes apreendam mais sobre a biodiversidade do parque,  a partir de uma perspetiva única.

 

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