Simone apresentou “Da Gente” no Casino Estoril, o seu novo trabalho, para além dos êxitos mais emblemáticos da sua carreira. A cantora baiana, de São Salvador, subiu ao palco do Salão Preto e Prata, quase a comemorar os seus 50 anos de carreira , com um reportório de excelência.
Em “Da Gente” (2022), primeiro disco da cantora desde “É Melhor Ser” (2013), Simone volta a percorrer o caminho do afeto, com atenção cuidadosa a compositores do Nordeste e pela temática das 12 músicas que escolheu para o repertório. Amores, encontros e reflexões sobre os dias de hoje, em que começamos a retomar o contato pessoal com quem amamos, dão o mote a este novo trabalho.
“A vida sem os afetos não vale a pena. O que me salvou na pandemia foi o lado afetivo, o que veio de mim e o que veio pra mim. O disco se chama Da Gente porque representa o coletivo, o povo” explicou Simone durante o espetáculo.
Da Gente, conta com uma instrumentação mais contida e de onde ficaram ausentes as teclas (piano ou outras), ao contrário do que sucede na maior parte dos discos de Simone, que em Da Gente é acompanhada apenas por Juliano Holanda (baixo e violão de aço), Webster Santos (violões) e Rapha B (bateria, udu, clave e ganzá).
O espetáculo abriu com “Cigarra”, seguindo-se “Haja terapia”, tema de Juliano Holanda que reflete os tempos da pandemia e fechou com uma canção de Socorro Lira & Roberto Tranjan, “Naturalmente”. Para o encore, Simone guardou ” To Voltando” e ” O Amanhã”, temas aplaudidos de pé pelo publico presente no Salão Preto e Prata do Casino Estoril.
Pelo meio Simone interpretou os temas “Nua” uma letra do poeta português Tiago Torres da Silva, “Por que você não vem”, “Boca em Brasa” do novo álbum, e os êxitos bem conhecidos do publico ” Começar de Novo”, “Yolanda.
Sobre:
Simone Bittencourt de Oliveira, que conhecemos apenas por Simone, conta com três dezenas de álbuns ao longo de quase 50 anos de carreira, que completará em 2023. Nascida em Salvador da Bahia, num dia de Natal (25 de Dezembro de 1949), o facto de ser nordestina deu-lhe a ideia de, um dia, gravar um disco só com compositores do Nordeste brasileiro. Pensado em 2015, após o lançamento do disco anterior, esse trabalho só começou a ser concretizado em 2021, no segundo ano da pandemia, acabando por ser lançado este ano, a 18 de Março