A exposição ‘Outros Mundos’, uma Viagem pelo Sistema Solar guiada por Michael Benson, foi apresentada pela primeira vez em Espanha em 2020 e chega agora a Chaves, com a colaboração do BPI, no formato Arte na Rua, para proporcionar um percurso científico e artístico pelo sistema planetário.
A inauguração da exposição Outros Mundos.Viagem pelo Sistema Solar guiada por Michael Benson, decorreu com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Chaves, Nuno Vaz e por Artur Santos Silva, Curador da Fundação “la Caixa” e Presidente Honorário do BPI, acompanhados pelo comissário Kike Herrero. A exposição reúne 40 imagens de grande beleza do nosso Sistema Solar obtidas em várias missões planetárias e posteriormente processadas pelo fotógrafo, artista e escritor norte-americano Michael Benson.
Após milénios de especulação acerca dos pontos de luz móveis a que os antigos gregos chamavam πλανήτης (“viajantes”; planētēs, em latim), sabemos hoje, pela primeira vez na História, a verdadeira natureza dos astros que constituem o nosso Sistema Solar.
Michael Benson, escolhe e trata imagens originais a preto e branco captadas em várias missões planetárias das principais agências espaciais, como a ESA e a NASA, para compor mosaicos a cores. O resultado é uma viagem pela incrível diversidade de mundos que constituem o Sistema Solar através de fotografias de enorme beleza obtidas ao longo de seis décadas de exploração robotizada.
Outros Mundos. Viagem pelo Sistema Solar faz parte do programa Arte na Rua, desta vez na cidade de Chaves, através do qual a Fundação “la Caixa” e o BPI pretende levar a ciência e a cultura às pessoas fora do contexto habitual dos museus e das salas de exposição.
Com o programa Arte na Rua, a Fundação “la Caixa”, em colaboração com o BPI, pretende mostrar a obra de artistas de renome no panorama internacional. Desta vez, vai converter Chaves num museu a céu aberto e unir a arte à ciência. O programa Arte na Rua foi lançado em 2006 e, desde então, tem levado ao público criações de figuras de destaque da modernidade, como Auguste Rodin, Henry Moore e o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, entre outros. Agora, com a exposição de Benson, o programa integra uma nova linha centrada na ciência e na natureza.
Amante da ciência, Benson escolhe e trata imagens originais a preto e branco com diferentes filtros e combina-as, usando por vezes centenas dessas imagens para compor os mosaicos a cores sem descontinuidades apresentados na exposição: panorâmicas fascinantes que, mesmo nos dias de hoje, ainda estão fora do alcance da experiência humana.
O fascínio pelo céu noturno tem sido recorrente ao longo da história da civilização. No entanto, foi só em 1957, com o lançamento do primeiro satélite que orbitou a Terra, que a humanidade se aventurou na exploração do espaço. Durante os 70 anos que se seguiram, foram levados a cabo os primeiros grandes projetos de exploração dos mundos extraordinariamente diversos que compõem o Sistema Solar, dando origem a uma história audaz e absolutamente transcendental. Alguns destes contributos estão espelhados nas imagens de Outros mundos.
A obra resultante ilustra de forma vívida a veracidade da afirmação programática utópica feita em 1912 por Konstantin Tsiolkovsky, o visionário russo dos voos espaciais: “a Terra é o berço da humanidade, mas não se pode ficar no berço para sempre”.