“Viva Termas Centro” – Experimentar, Sentir, Viver: a felicidade está ao seu alcance

Nascentes de aguas puras que brotam da terra a temperaturas elevadas, ricas pela diversidade da sua composição mineral, com benefícios reconhecidos em variadas terapias, que conjugadas com as técnicas de tratamento especializado e profissionais qualificados fazem das 22 estancias termais, da ‘Zona Centro’, um lugar ideal para aliar os cuidados de saúde a uns dias de descanso e bem-estar.

Segundo Guida Mendes, coordenadora do projeto Termas Centro, estas ações visam a divulgação das potencialidades termais das estancias, alertar as pessoas para o facto de o termalismo não ter idades e se destinar a todos, não apenas aos seniores. “Há muitos portugueses que procuram as termas para curar bronquites, asmas, artroses, inflamações de pele e outras” mas podem ser muitos mais a alcançarem uma melhor qualidade de vida se alguns estereótipos caírem e estiverem criadas condições.

É neste contexto que o Termas Centro (cujo promotor líder é a Associação das Termas de Portugal) lançou o “Viva as Termas”. Uma iniciativa com o objetivo de dar a conhecer e dinamizar as 22 estancias termais da zona Centro, oferecendo às famílias um fim-de-semana diferente, com atividades gratuitas no âmbito da saúde e bem-estar, da natureza, da cultura, do património e da gastronomia.

No passado sábado (14) fomos ‘viver’ o “Viva as Termas” que decorreu no complexo termal do Cró, situado a 15 kms do Sabugal, entre as freguesias de Rapoula do Côa e Seixo do Côa. Este moderno balneário termal, funciona paredes meias com o Cró Hotel Rural, um conceito inovador de hotelaria em espaço rural.

O programa começou bem pela manhã com um passeio pedestre interpretativo. Fomos convidados a percorrer parcialmente uma pequena rota (6 Kms) da rede de percursos do Sabugal denominada “Termas do Cró”. Acompanhados por Rui Ribeiro, expert neste tipo de passeios, ficamos a conhecer algumas particularidades e curiosidades da região, nomeadamente da flora e da rede hidrográfica.

Chegados ao hotel, de imediato, a Dra. Cristina Mota, nos solicitava para uma visita às modernas e funcionais instalações do balneário termal que, para além, de infraestruturas para tratamentos terapêuticos, tem ainda a vertente de SPA. No fim da visita, os participantes foram desafiados a experimentar a hidromassagem.

Após o almoço, visitamos uma pequena exploração agrícola onde pudemos tomar contacto com os anseios de quem vive, sem apoios, da agricultura. À despedida, como não podia deixar de ser, nesta altura do ano na ‘terra fria’, tivemos o privilégio de   degustar castanhas assadas e o tão delicioso licor de Castanha. De regresso ao hotel, assistimos a um Workshop de culinária em que a Chefe Cristina Manso Preto e o nutricionista Pedro Botelho, nos deram alguma dicas de como aliar a tradição gastronómica a uma dieta saudável.

Seguiu-se o espetáculo Alforria – A vida numa carroça, apresentado pela Companhia Boca de Cão, um espetáculo montado por Hugo Ribeiro e Joana Domingos, para miúdos e graúdos que pretendeu mostrar a vida e o ato de viver rumo à liberdade.

Nos poucos e breves momentos livres tivemos ainda oportunidade de treinar a destreza física e mental, com “Os Jogos do Hélder” e de dar asas à nossa criatividade na “Oficina dos Cartazes”.

Os “Jogos do Hélder” são jogos feitos de materiais tão simples como madeira ou corda, muitos de inspiração medieval, construídos pelo próprio Hélder, e famosos por terem a notável capacidade de estimular o movimento físico e cognitivo de forma espontânea e natural assim como de promover o relacionamento interpessoal entre pessoas de todas as idades.

Na oficina dos Cartazes, sob a orientação de Bruno Borges, os participantes puderam planear, concretizar e aprender a realizar cartazes que sensibilizem a opinião publica para as propriedades terapêuticas das aguas termais, recorrendo a técnicas básicas de impressão.

O dia havia chegado ao fim. Fisicamente cansados devido à anormal atividade, mas ‘muito leves’ e a perceber que o termalismo é para todos e a necessitar que as comparticipações do Estado não sejam apenas para os ‘químicos’ que o nosso médico nos receita.