O município de Viseu que se assume como tendo a “Melhor Cidade para Viver”, foi o escolhido para dar as boas vindas à 81ª edição da Volta a Portugal Santander. Esta será a terceira vez na história, depois de 2010 e 2015, que as pedaladas iniciais da prova começam em Viseu, autarquia que, desde sempre, é umas das mais ativas no acolhimento da Volta. As primeiras emoções têm partida e chegada na Avenida da Europa, no último dia de julho, com um prólogo de 6km.
A primeira etapa acontece na terra da Chanfana, prato típico à base de carne de cabra e marca a estreia de Miranda do Corvo na Volta a Portugal. Os trepadores hão de ficar alerta logo nos primeiros quilómetros na Serra da Lousã onde está uma contagem de primeira categoria. O percurso acidentado de 174.7km passa ainda por Alvaiázere e Pombal até chegar a Leiria, cidade que já foi final de etapa da Volta 18 vezes.
Com o primeiro fim-de-semana de agosto à porta acontece a etapa mais longa desta edição. São 198,5km com início na Marinha Grande que após 29 anos regressa à Volta. O final da “maratona” vai ser empinado em Santo António dos Cavaleiros, freguesia do município de Loures, às portas da capital. Esta autarquia, à semelhança da Marinha Grande, não recebia a prova desde 1990.
Ao quarto dia o pelotão regressa à zona centro do país numa viagem quase tão longa como na véspera. São 194,1km de percurso alternado entre as duas margens do Rio Tejo, com partida de Santarém. O destino é a “veterana” cidade de Castelo Branco que já recebeu 38 chegadas da Volta a Portugal, a última há dois anos.
No domingo, 4 de agosto, será a vez da vila de Pampilhosa da Serra se estrear na Volta a Portugal Santander e logo como ponto de partida da considerada etapa Rainha que termina na Serra da Estrela. Este ano, a batalha faz-se numa jornada de 145km com cinco contagens de montanha. A escalada final pela vertente da Covilhã termina na Torre, o que já não acontece desde 2015.
Antes do dia de folga, os derradeiros 158km da fase inicial da prova começam em Oliveira do Hospital e subir continuará a ser a palavra de ordem. Parte desta quinta etapa será feita nas faldas da vertente norte da Estrela. No fim, as dificuldades da ascensão à Guarda, a cidade mais alta de Portugal, deve deixar o pelotão ainda com mais expectativas sobre o dia de repouso.
Pelotão “carrega baterias” na cidade mais alta
Terminada a quinta etapa descansam os “guerreiros do asfalto” e começa a animação na Guarda. O município oferece nessa noite à população e à caravana da prova o Concerto da Volta. O espectáculo de Ana Bacalhau tem entrada livre. A vocalista dos Deolinda, que se apresenta a solo, sobe ao palco na Praça Luís de Camões, junto à Sé da Guarda, às 22 horas. Após o espetáculo, a animação vai continuar noite fora no GIN GIBRE, espaço de diversão noturna bem junto ao concerto.
Segunda parte da Volta arranca de Torre de Moncorvo
A segunda fase da competição começa na quarta-feira, 7 de agosto em Torre de Moncorvo, município que não recebe uma partida da Volta desde 1931 quando se correu a 2ª edição. Curiosamente essa etapa também terminou em Bragança como vai acontecer este ano. Desta vez a tirada tem 189,2km e também vai atravessar o nordeste transmontano terminando com uma longa reta de meta.
Esta viagem pelo mapa da 81ª Volta a Portugal Santander continua para Nordeste, rumo às Terras do Barroso. O início acontece em Bragança e segue com destino a Montalegre e à Serra do Larouco, a segunda mais alta de Portugal continental, que coincide com uma contagem de montanha de 1ª categoria. Antes de apreciar a vista, o pelotão tem de pedalar 156,2km.
Na oitava e antepenúltima etapa, os corredores saem de Viana do Castelo atravessando o Rio Lima pela Ponte Eiffel que no ano passado comemorou 140 anos. Até à meta no Monte de Stª Quitéria, em Felgueiras vão percorrer 156,6km. Este final é mais um regresso à Volta porque desde a edição 70 que o município felgueirense não recebia a prova. Em 2008 foi palco do Grande Final com um difícil “crono” que culminou precisamente no Monte de Stª Quitéria.
A ligação entre Fafe onde terminou a Volta de 2018 e Mondim de Basto com 133,5 km representa a etapa em linha mais curta deste ano mas nem por isso será menos exigente. Das cinco contagens de montanha três são de primeira categoria. A subida ao Monte Farinha, depois de atravessar o “mar de gente” de Mondim é sempre algo muito especial na Volta. Depois de treparem à Senhora da Graça serão muito poucos os que ainda aspiram ao triunfo. O cansaço acumulado dos últimos dias e o desgaste desta tirada vão provavelmente sentenciar parte da Volta.
Contrarrelógio decisivo define vencedor nos Aliados
A Avenida dos Aliados, centro nobre da cidade do Porto, está de regressou à competição 30 anos depois de receber a festa de um final de Volta a Portugal. Os resistentes do pelotão vão enfrentar nos derradeiros quilómetros de 2019 um fantástico contrarrelógio com vista para o Douro e passagem na Ponte do Infante. Os ciclistas terão de fazer um esforço final de quase vinte quilómetros, 19,5 Km, entre Vila Nova de Gaia e o Porto antes de abrirem o champanhe nos Aliados.