Ricoh apoia projeto pioneiro na luta contra o Alzheimer da Misericórdia de Gaia

No âmbito da iniciativa internacional Printed Memories, a Ricoh Portugal associou-se à Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia (SCMVNG) para um projeto-piloto na luta contra o Alzheimer. A empresa doou três quadros interativos que estão a ser usados em três equipamentos da instituição: Lar Salvador Brandão (Gulpilhares), Lar António Almeida da Costa (Santa Marinha) e Lar José Tavares Bastos (Madalena). Em cada um destes equipamentos sociais há uma equipa a trabalhar um grupo de seis utentes (num total de 18) que sofrem de demência, na sua maioria de Alzheimer, que são colocados em contacto com esta tecnologia.

luta contra o Alzheimer
Ricoh apoia projeto pioneiro na luta contra o Alzheimer da Misericórdia de Gaia - ®DR

 

Os quadros permitem que os utentes realizem vários exercícios cognitivos, de forma a desacelerar o progresso do Alzheimer.  “Ficamos muito satisfeitos em ver os resultados alcançados pelas pessoas com demência nas terapias através da utilização da tecnologia da Ricoh. Nas sessões, as pessoas com demência socializam e recordam memórias ao interagirem com os quadros interativos”, refere Ramon Martin, CEO da Ricoh Portugal e Espanha.

“Queremos mudar a forma como se vê os pacientes: não queremos apenas cuidar, mas queremos ajudá-los a não esquecer”, referiu o psiquiatra Fernandes Costa, que lidera este projeto-piloto. Após os exercícios com acesso à tecnologia, o especialista diz que são visíveis as mudanças nos utentes: “Houve um melhoramento cognitivo, eles ficam mais bem-dispostos e mesmo depois da sessão falam entre eles sobre as sessões”.

Num universo de 303 utentes da instituição, mais de metade sofrem de demência, sendo a sua maioria casos relacionados com Alzheimer. Estes números fizeram com que a SCMVNG avançasse com o projeto-piloto: “Vamos colher os resultados do trabalho que começou em dezembro de 2018, depois vamos definir o que vamos fazer a seguir para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar destes pacientes, sendo nosso objetivo alargar este programa a mais utentes e criar um método estruturado de reabilitação que possa ser adaptado a diferentes pacientes de qualquer instituição”, acrescenta o psiquiatra.

A tecnologia, e neste caso em especial, é um aliado imprescindível: “Nos últimos anos mais de 250 mil fármacos ficaram pelo caminho, por isso temos que procurar outras vias para melhorar a vida dos doentes de Alzheimer e sem dúvida que o caminho passa pelas tecnologias e por programas que estimulem a cognição dos utentes”.

De referir que o programa Printed Memories foi lançado pela Ricoh em parceria com a Alzheimer’s Research, a instituição de solidariedade e investigação líder a nível mundial na procura de uma cura para a demência. O programa procura ter um impacto positivo através do voluntariado, da angariação de fundos e da sensibilização para a doença, que é uma das principais causas de morte na Europa. Em 2018, foram angariados mais de 116 000 euros para instituições de solidariedade, o que ajudou a financiar a investigação essencial e a apoiar famílias, amigos e pessoas afetadas pela demência.