Jaime Faria nas meias-finais do 4º Open Internacional de Ténis de VRSA

Num encontro que durou mais de seis horas Jaime Faria garantiu a presença nas meias-finais do 4.º Open Internacional de Ténis de VRSA.

Jaime Faria Ténis VRSA
Jaime Faria nas meias-finais do 4º Open Internacional de Ténis de VRSA - ®DR

A chuva voltou a perturbar o desenrolar da jornada, mas Jaime Faria talvez tenha sido único que não se queixou, já que garantiu a presença nas meias-finais do 4.º Open Internacional de Ténis de VRSA, após seis horas de duelo frente a Elmer Moeller.

No duelo entre os dois tenistas de 20 anos, Jaime Faria (390º no ranking ATP) derrotou o cabeça de série nº4, Elmer Moeller (361º), por 6-4, 4-6 e 7-6 (7/1). O tenista luso, que este ano se estreou no top 400, comandou o encontro, por 6-4, 4-0, antes do adversário reagir. Moeller ganhou dez jogos consecutivos, para comandar por 4-6, 6-4 e 4-1, até a chuva obrigar a uma interrupção de cerca de duas horas.

No reatamento, Jaime Faria começou por recuperar um dos breaks em desvantagem, ao mesmo tempo que o dinamarquês lutava por reencontrar o seu ténis, tendo ganho somente seis pontos nos jogos seguintes, para se colocar na situação delicada de enfrentar dois match-points, a 4-5 (15-40). O atleta de Lisboa, não acusou as duas oportunidades desperdiçadas para concluir o encontro e continuou a servir a um nível elevado, pancada que se destacou no tie-break, no qual Faria só cedeu um ponto.

“Foi uma montanha russa, comecei bem e ele teve mérito na forma como virou o jogo. Eu também estive menos bem nos momentos importantes, podia ter estado mais confortável no resultado e não levar dois breaks, que tinha de vantagem. Ainda assim, apesar de ter levado 10 jogos de seguida, senti que podia dar a volta, tal como ele também deu a volta, porque sabia que já tinha tremido noutros momentos, tal como eu tremi. Foi um encontro em condições complicadas, devido à chuva e ao vento, mas o mais importante hoje era mesmo a vitória, mais do que sair com grandes sensações”, explicou Faria, antes de frisar a importância dos conselhos do treinador Pedro Sousa: “O Pedro já teve muitos encontros como este na carreira dele, passou-me tranquilidade e calma como ele tem bastante e também falou de alguns pontos chave que tacticamente me ajudaram a virar o jogo.” revelou o Jaime Faria, que assim chegou às meias- finais do Open de Ténis de VRSA.

Na meia-final de sábado (11 horas), Faria vai defrontar o norte-americano Nathan Ponwith (606.º) que, depois de, na quinta-feira, sobreviver a quatro match-points diante de Duarte Vale, recuperou de 1-3 no terceiro set para vencer o espanhol John Echeverria (599.º), por 5-7, 6-3 e 7-6 (7/3), ao fim de e três horas e 40 minutos.

“Vai ser difícil; se está na meia-final vindo do qualifying é porque já tem cinco vitórias, está confiante nestas condições, tem muitas vidas como já se viu, muito competitivo, mas eu também”, adiantou Faria que também terá de, ao lado de João Domingues, disputar no sábado a meia-final de pares – e, em caso de vitória, a final da variante, agendada para não antes das 15 horas.

Quem vencer o encontro entre o holandês Jelie Sels e o russo Yaroslav Demin – interrompido por falta de luz natural – também terá uma jornada dupla e discutir um lugar na final com o norueguês Viktor Durasovic (411º).

Faria e Domingues serão os únicos tenistas portugueses em acção neste sábado, já que Pedro Araújo e o finlandês Eero Vasa, perderam na meia-final com os cabeça de série nº1, o australiano Thomas Fancutt e o norte-americano Hunter Reese, por 6-2, 6-3.

O 4º Open Internacional de Ténis de Vila Real de Santo António é uma prova do ITF World Tennis Tour, organizada com o apoio da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António e distribui um prize-money total de 25 mil dólares.

aNOTÍCIA.pt