Feira do Livro de Lisboa transforma Parque Eduardo VII na maior livraria do país até 22 de junho

A Feira do Livro de Lisboa regressa ao Parque Eduardo VII até 22 de junho com mais de 3.200 eventos, reforçando a sua aposta na leitura, na sustentabilidade e na inclusão.

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Feira do Livro
Feira do Livro de Lisboa transforma Parque Eduardo VII na maior livraria do país até 22 de junho - ®DR

A 94.ª edição da Feira do Livro de Lisboa abriu hoje ao público, prometendo transformar o Parque Eduardo VII, até 22 de junho, na maior livraria do país. Com mais de 3.200 eventos programados — entre sessões de autógrafos, apresentações, debates e concertos —, o certame volta a afirmar-se como um espaço de encontro cultural, acessível, confortável e inspirador para leitores de todas as idades.

A cerimónia de inauguração contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, da Ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, e do Presidente da APEL — Associação Portuguesa de Editores e Livreiros —, Miguel Pauseiro. Um dos momentos simbólicos da abertura foi a oferta ao Presidente Marcelo de um exemplar único de um livro de agradecimento, em reconhecimento ao seu compromisso com o livro e a leitura ao longo dos seus mandatos. A cerimónia incluiu ainda uma homenagem emocionada a Pedro Sobral, antigo presidente da APEL, falecido no final de 2023, com frases suas inscritas nas praças da Feira.

“Esta Feira do Livro é, acima de tudo, um lugar de encontro e de partilha”, sublinhou Miguel Pauseiro, reforçando o papel transformador da leitura na sociedade. Já Carlos Moedas destacou o caráter inclusivo e intergeracional do evento: “É um dos momentos mais bonitos do ano para a cidade.”

A importância da Feira foi recentemente reconhecida no estudo de reputação de marca da Onstrategy, que posicionou o evento no 3.º lugar do ranking nacional no setor de eventos, entre mais de 2.000 marcas analisadas.

Sustentabilidade e inovação

Entre as novidades da edição deste ano, destaca-se a parceria com a The Navigator Company para a campanha “Vamos plantar livros”, que propõe a plantação de 7.000 árvores como contrapartida simbólica para os cerca de 700 mil livros esperados ser vendidos. A iniciativa reforça a ligação entre cultura e sustentabilidade.

Também os CTT marcam presença com o lançamento de uma coleção especial de Selos Personalizados, assinalando a sua ligação histórica à Feira desde 1999, e celebrando quase um século de história do evento, desde a sua primeira edição, em 1931.

Um programa para todos

Com 350 pavilhões e 960 marcas editoriais representadas, a Feira do Livro oferece mais de 85 mil títulos, reforçando o seu estatuto como a maior montra editorial do país. A nova configuração da Praça Verde e a criação de oito espaços de eventos vão permitir uma programação ainda mais vasta, com destaque para a presença crescente de autores internacionais.

A programação musical volta a marcar presença às sextas-feiras, às 22h00, no Auditório Norte. Martim Seabra (6 de junho), os Comuns (13 de junho) e Teresa Salgueiro (20 de junho) são os nomes confirmados.

Para o público mais jovem, a oferta inclui oficinas e leituras encenadas pelas Bibliotecas de Lisboa (BLX), sessões promovidas pelo Plano Nacional de Leitura e o regresso da iniciativa “Acampar com Histórias”, que permitirá a crianças entre os 8 e os 10 anos passar uma noite entre livros, na Estufa Fria.

Acessibilidade, conforto e mobilidade

A Feira volta a apostar na acessibilidade com novas infraestruturas adaptadas, percursos acessíveis e eventos com interpretação em Língua Gestual Portuguesa. A sinalética inclui o sistema ColorAdd, para daltónicos.

Na área da mobilidade, os visitantes contam com um desconto de 20% no parque Telpark do Marquês de Pombal e continuam disponíveis as bicicletas Gira e a promoção da Cooptáxis, que oferece 5€ em viagens a quem comprar 50€ em livros.

Espaços familiares e serviços reforçados

A pensar nas famílias, a Feira conta novamente com espaços de apoio criados em parceria com o Centro do Bebé, onde é possível amamentar, mudar fraldas ou aquecer refeições. O serviço de bengaleiro permite enviar livros por correio ou guardar objetos, enquanto a zona de restauração inclui agora 10 novos conceitos gastronómicos.

Regressa ainda a campanha solidária “Doe os seus livros”, promovida pela Entrajuda, que desde 2015 já recolheu mais de 330 mil livros para promover o acesso à leitura.

Com mais dias, mais atividades e uma oferta cada vez mais diversificada, a Feira do Livro de Lisboa afirma-se como um dos maiores eventos culturais do país — onde o livro é o protagonista de um encontro único entre leitores, autores e cidade.

aNOTÍCIA.pt