Comboio Vintage regressou à linha da Beira Baixa, para proporcionar aos viajantes a possibilidade de apreciar as belíssimas paisagens da lezíria Ribatejana e do percurso ribeirinho da Linha da Beira Baixa, em especial o troço entre o Entroncamento e Vila Velha de Ródão, onde se pôde admirar o Castelo de Almourol e o Monumento Natural de Portas de Ródão.
Eram 09H00 da manhã do passado sábado, quando o comboio Vintage do Tejo, partiu de S. Apolónia, rumo a Castelo Branco. A viagem entre Lisboa e Castelo Branco é um dos dois passeios organizados pela CP – Comboios de Portugal, a bordo deste comboio composto por quatro carruagens Schindler, que estavam fora de serviço e foram recuperadas para fins turísticos e que voltou a circular este sábado e fará nova viagem no próximo sábado, dia 26.
Muitas foram as pessoas que quiseram fazer este passeio, já que o Comboio Vintage, partiu quase lotado. As janelas panorâmicas do comboio Vintage do Tejo ajudaram a desvendar a paisagem que, por esta altura, se pinta de cores outonais.
A linha do comboio, que bordeja o rio, em especial no troço entre o Entroncamento e Vila Velha de Rodão, dá-nos a visão da imponência do rio Tejo, que reflete a Natureza como se fosse um espelho.
Após a chegada a Castelo Branco, pelas 12h12, houve tempo para fazer uma visita guiada pelo Jardim do Paço Episcopal e pelo centro histórico da cidade, acompanhada por elementos ligados ao turismo do município. O bilhete da viagem dava direito a 50% de desconto na entrada em vários equipamentos culturais, como o Centro de Interpretação do Bordado de Castelo Branco, o Museu Cargaleiro, o Museu Francisco Tavares Proença Júnior, a Casa da Memória Judaica ou o Centro de Cultura Contemporânea.
De regresso já no lusco-fusco, até ao Fratel, pudemos observar o Tejo espelhado de prata. A partir de aí a noite tomou conta da paisagem.
Usufruir da beleza natural das regiões do Ribatejo e da Beira Baixa, do património cultural destas regiões, da sua riqueza gastronómica e ainda da experiência de viajar em carruagens panorâmicas, num ambiente de agradável convívio, leva muitas pessoas a aderirem a este tipo de iniciativas.
Na viagem sentimos falta, para além de um café, que acabou perto do Entroncamento, de um guia que pudesse “aguçar o apetite” por territórios tão ricos culturalmente. Em próximas edições da viagem não seria de proporcionar alguma animação cultural? Um outro aspeto que nos deixou surpresos foi o facto de a permanência em Castelo Branco, que tanto tem para mostrar e oferecer, se ter resumido a pouco mais de umas escassas três horas! Vamos melhorar esta viagem no Comboio Vintage Beira Baixa?
No cômputo geral, uma viagem que se recomenda e que alguns dos participantes referiram querer repetir.
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