Polestar chama a atenção para a contínua falta de ação climática por parte dos fabricantes automóveis, apesar da forte procura dos consumidores

Segundo a Polestar os consumidores pretendem que a legislação acelere uma mudança mais rápida para a eletrificação automóvel para uma ação climática mais eficiente

Polestar e a ação climática
Polestar chama a atenção para a contínua falta de ação climática por parte dos fabricantes automóveis, apesar da forte procura dos consumidores - ®DR

A Polestar, a marca sueca de automóveis elétricos, apresenta os resultados de uma nova pesquisa que revela que os consumidores pretendem que a legislação acelere uma mudança mais rápida para a eletrificação automóvel para uma ação climática mais eficiente.

Este estudo global, envolvendo 18,000 participantes de 19 mercados da América do Norte, Ásia Pacifico e Europa, revela que 34 por cento dos consumidores estão a favor de uma proibição dos automóveis com motores de combustão interna (ICE) a partir de 2030, número que sobe a 47 por cento se for considerado o ano de 2035. Este novo estudo demonstra também que, três quartos dos inquiridos, acreditam que a sociedade precisa mudar os seus hábitos de consumo de forma a preservar o clima e o ambiente para as gerações vindouras.

Paralelamente, e de forma a coincidir com a Semana Climática de Nova Iorque e com a Semana Europeia da Mobilidade, a Polestar dá seguimento ao seu filme “Set in Stone“, lançado durante a COP26. Uma nova campanha mostra como a falta de ação climática por parte da indústria automóvel transformou o que era suposto ser um documento histórico de promessas num documento histórico de silêncio.

Thomas Ingenlath, CEO da Polestar, comenta: “Com os líderes climáticos a reunirem-se esta semana em Nova Iorque, e com a COP27 ao virar da esquina, torna-se evidente que existe uma fadiga em relação a estas reuniões climáticas. Mas, as empresas e os consumidores podem ser o antídoto para isso pois embora não escrevamos as políticas, temos o poder de agir agora e conduzir a uma verdadeira mudança. Temos uma responsabilidade, e cabe-nos enviar um sinal e mostrar que estamos prontos.”

Em Junho de 2022, o Conselho Europeu de Ministros do Ambiente concordou que, até 2035, os automóveis novos colocados no mercado da UE deveriam ser veículos com emissões zero. Do mesmo modo, em 2021, na COP26, um pequeno número de fabricantes automóveis aderiu à “Declaração de Glasgow para as Zero Emissões de automóveis e veículos pesados” – um compromisso de eliminação gradual dos veículos alimentados a combustíveis fósseis entre 2035 e 2040.

Thomas Ingenlath argumenta que a proibição para os automóveis ICE terá de ser antecipada: “Hoje em dia, com apenas 1,5 por cento dos veículos na estrada a serem eléctricos, é evidente que vivemos numa bolha de EV, e não num boom de EV. Esta será a década mais crítica que alguma vez enfrentámos quando se trata de não ultrapassar o acordo de Paris. Precisamos que os governos liderem, com políticas robustas, tanto sobre as infraestruturas como sobre os preços da electricidade, para que os condutores transitem para a eletrificação com confiança, mas mais importante ainda, os fabricantes automóveis devem agir já e não ficar à espera das mudanças políticas”.

O estudo referido pela Polestar sobre a falta de ação climática

A pesquisa foi conduzida online, nos idiomas de origem, através de prestigiados painéis de recrutamento em 19 mercados Polestar onde se incluem: Áustralia, Áustria, Bélgica, Canadá, China, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Islândia, Luxemburgo, Países Baixos, Nova Zelândia, Noruega, Singapura, Coreia do Sul, Suécia, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos.

O tamanho total da amostra para o inquérito é n=18.000 inquiridos titulares de uma carta de condução ou a planear obter uma nos próximos dois anos (aproximadamente n=1.000 em cada mercado, excepto no Luxemburgo e na Islândia, onde, devido às populações mais pequenas, o tamanho da amostra é n=500).

As amostras foram concebidas para serem nacionalmente representativas em toda a demografia, na medida do realisticamente possível utilizando painéis em linha e considerando que a amostra representa apenas condutores e futuros condutores. Devido à disponibilidade de diferentes grupos online, a China tem um número desproporcionado de participantes altamente instruídos.

aNOTÍCIA.pt