Marinha e Polícia Judiciária apreendem mais de 1,6 toneladas de cocaína ao largo dos Açores

Operação conjunta interceta veleiro a mais de 2.600 quilómetros de Lisboa. Mais de 50 militares participaram na missão, que durou mais de 200 horas.

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Marinha e Polícia Judiciária
Marinha e Polícia Judiciária apreendem mais de 1,6 toneladas de cocaína ao largo dos Açores - ®DR

Uma operação conjunta da Marinha Portuguesa e da Polícia Judiciária resultou na apreensão de cerca de 1.650 quilos de cocaína, transportados a bordo de um veleiro intercetado em pleno Oceano Atlântico, a sudoeste do arquipélago dos Açores. A embarcação foi localizada e abordada a mais de 1.400 milhas náuticas (cerca de 2.600 quilómetros) de Lisboa, numa ação de combate ao tráfico internacional de droga.

A operação foi coordenada pela Polícia Judiciária, com o apoio operacional da Marinha, que mobilizou meios da sua Componente Naval do Sistema de Forças. Estiveram envolvidos navios com capacidades de comando e controlo, patrulha e fiscalização, bem como projeção de força, num esforço que incluiu mais de 50 militares. No total, foram percorridas mais de 1.500 milhas náuticas (aproximadamente 2.800 quilómetros), ao longo de mais de 200 horas de missão.

Este tipo de ações exige um elevado grau de coordenação e resposta rápida por parte das autoridades, especialmente devido à vastidão do Atlântico e à sofisticação das redes de narcotráfico internacional. 

A apreensão agora realizada junta-se a outras ações de grande envergadura levadas a cabo nos últimos anos. Em março deste ano, a Marinha e a Polícia Judiciária tinham já colaborado na interceção de uma embarcação do tipo Self-Propelled Semi-Submersible (SPSS), com mais de seis toneladas de cocaína a bordo. Nesse caso, a apreensão deu-se a cerca de 1.200 milhas náuticas (2.200 quilómetros) da costa portuguesa, ilustrando o alcance e a complexidade crescente das operações de tráfico transatlântico.

As autoridades sublinham que estas missões são fundamentais para travar o fluxo de droga que entra na Europa por via marítima, frequentemente utilizando embarcações de recreio ou técnicas sofisticadas de ocultação. A cooperação entre forças navais e policiais tem sido apontada como uma mais-valia para a deteção e neutralização destas redes criminosas.

Em comunicado, a Marinha realça a importância da sua contribuição no esforço nacional de combate ao narcotráfico, reiterando o compromisso com a segurança marítima e o apoio às autoridades judiciárias. A Polícia Judiciária, por sua vez, destaca o valor da ação concertada com as Forças Armadas para a eficácia das investigações e a interceção de grandes carregamentos de droga em alto mar.

aNOTÍCIA.pt