“O Estoril e Cascais são claramente dois dos meus locais preferidos no circuito e mal posso esperar por regressar para jogar novamente o torneio”, fez questão de afirmar Kevin Anderson numa mensagem enviada a João Zilhão, diretor do Millennium Estoril Open. “ Os fãs são muito entusiastas e gosto especialmente da comida. Não há nada melhor do que um bom prato de marisco e um copo de vinho numa praia portuguesa…”, acrescentou.
“Após anunciarmos dois protagonistas da nova geração que discutiram entre si a final do NextGen do ATP Tour em 2018, apresentamos agora o nome de um experiente jogador que tem cimentado a sua posição na elite do ténis mundial e que esta semana surge entre os cinco primeiros da hierarquia. Kevin Anderson já jogou duas finais em torneios do Grand Slam e no torneio de final de época do ano passado chegou às meias-finais do ATP Finals”, refere João Zilhão. “É sempre garantia de qualidade em qualquer tipo de superfície, tendo até protagonizado diante de Richard Gasquet e de João Domingues dois dos melhores encontros na ainda curta história do nosso torneio”.
RECORDES DE ALTURA
Com os seus 2m03, Kevin Anderson é, não só o mais alto finalista de sempre na história dos torneios do Grand Slam (perdendo a decisão do título do US Open de 2017 para Rafael Nadal e de Wimbledon em 2018 para Novak Djokovic), mas também o mais alto tenista de sempre a integrar o top 5 mundial.
A chegada ao lote dos 5 primeiros chega aos 32 anos, depois de se ter tornado profissional somente aos 21 anos por ter optado seguir estudos superiores na Universidade do Illinois, que representou no forte circuito universitário norte-americano de ténis. Ao entrar no circuito ATP chegou logo à final do torneio de Las Vegas e deu sequência a esse resultado com um triunfo sobre Novak Djokovic pouco depois no Masters 1000 de Miami. Estabilizou-se dentro do top 100 em 2010 e a partir daí progrediu paulatinamente tanto no seu jogo como na hierarquia mundial, apesar de alguns revezes devido a lesões.
Kevin Anderson soma seis títulos em 19 finais, tendo arrecadado o seu último troféu logo na primeira semana da presente temporada ao impor-se no ATP de Pune (Índia). na sequência da mais ‘alta’ final de todos os tempos (ganha por 7-6, 6-7, 7-6 diante do croata Ivo Karlovic, 2m11). Jogou uma final na terra batida (Casablanca, 2013) e no pó-de-tijolo atingiu por quatro vezes os oitavos-de-final (2013, 2014, 2017, 2018) em Roland Garros – protagonizando com o português Rui Machado uma das grandes maratonas da edição de 2012 do Grand Slam parisiense, salvando match-points para acabar por se impor num longo quinto set que teve de ser concluído no dia seguinte. No Clube de Ténis do Estoril foi semifinalista em 2017 e, no ano passado, cedeu na segunda ronda diante do surpreendente Stefanos Tsitsipas, mas logo na semana seguinte chegou às meias-finais do Masters 1000 de Madrid.
Apesar da elevada estatura, nunca foi um adepto incondicional do serviço-vólei: tem um excelente serviço e prefere ficar no fundo do court a dominar o ponto com a sua temível pancada de direita, embora o seu jogo esteja cada vez mais completo e revele crescente desenvoltura no jogo de rede.
Vice-Presidente do Players Council do ATP Tour e membro do board pelo quarto mandato consecutivo, Kevin Anderson foi durante anos acompanhado pelo fisioterapeuta português Carlos Costa – que trabalhou com o sul-africano até à final de Wimbledon do ano passado, para depois seguir os seus próprios estudos académicos. Com a mulher Kelsey, fundou o site RealLifeTennis.com, que permite o acesso a instrução técnica e à vida dos jogadores no circuito profissional.
Kevin Anderson é, para já, o tenista melhor classificado no elenco de participantes da quinta edição do Millennium Estoril Open.
