
A Quinta do Gato, situada em São Pedro do Sul, está a explorar novas fronteiras no envelhecimento de vinhos, com um projeto pioneiro que une tradição, terroir e inovação. Em maio de 2024, centenas de garrafas do vinho tinto Lugar do Gato (colheita de 2022) foram submersas numa mina de água localizada sob a própria encosta da vinha, num método de estágio subterrâneo que promete resultados únicos.
As garrafas repousam em águas cristalinas, num ambiente naturalmente estável, com temperatura constante, ausência total de luz e pressão subaquática – condições ideais para um envelhecimento controlado e refinado. Esta técnica reduz a oxigenação pela rolha e protege os aromas do vinho, promovendo uma maturação mais equilibrada e preservando a sua longevidade.
“Esta mina está diretamente ligada ao terroir que dá origem às uvas do Lugar do Gato e reflete a pureza e energia do solo granítico da região. Acreditamos que esse contacto íntimo com o ambiente local enriquece o vinho com a essência do lugar”, explica Paulo Páscoa, gestor da Quinta do Gato e mentor da iniciativa.
Localizada numa zona marcada pelas conhecidas Termas de São Pedro do Sul, a Quinta do Gato aposta não só na excelência enológica, mas também na valorização do património natural e cultural da região. O projeto reforça a ligação entre o vinho e o território, num convite aos enoturistas que queiram conhecer de perto a história por detrás do rótulo Lugar do Gato.
A edição limitada do vinho envelhecido na mina deverá ser revelada nas próximas semanas, num lançamento aguardado com expectativa. Resultado de meses de silêncio subterrâneo, este vinho pretende traduzir a singularidade do seu processo e do local onde nasceu.